Queda de liminar reacende debate sobre duplicação em trecho da Mogi-Dutra e preocupa motoristas
Funcionamento de pedágios Free Flow preocupam moradores de Mogi das Cruzes A queda de uma liminar que suspendia o início da cobrança do pedágio na Rodovia P...
Funcionamento de pedágios Free Flow preocupam moradores de Mogi das Cruzes A queda de uma liminar que suspendia o início da cobrança do pedágio na Rodovia Pedro Eroles (SP-88), a Mogi-Dutra, voltou a preocupar motoristas e reacendeu a discussão sobre a duplicação da faixa entre os quilômetros 32 ao 33, entre Mogi das Cruzes e Arujá. O início da operação dos equipamentos está previsto para novembro, de acordo com a Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo (SPI). ✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp Em 2020, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que administrava a SP-88, divulgou que o trecho final de 1,3 quilômetro não seria duplicado, na chegada ao acesso à Presidente Dutra (BR-116), "por falta de desapropriação de área necessária à duplicação". No dia 15 de outubro deste ano, a Concessionária Novo Litoral (CNL) anunciou a medida como parte de uma série de ações com os recursos a serem cobrados nos pórticos de pedágio. A empresa reforçou que a concessão prevê a duplicação do trecho para 2027, bem como a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). Para o empreendedor Denis Alberto Lucílio, a ação é uma tentativa de justificar a instalação do equipamento. "Essa duplicação já era para ser feita anteriormente e agora usam como justificativa para fazer essa cobrança", criticou. A aproximação do funcionamento dos aparelhos preocupa a empresária Elisângela Martins. Ela conta que precisa sair de Arujá para Mogi das Cruzes quatro vezes por dia. "Na soma do pedágio vou gastar R$ 27 por dia, indo e voltando", estima. Segundo ela, a ação não tem relação ao pedágio e criticou a medida. "Essa duplicação está paga desde 2005. Era uma coisa que já estava programada. Já era para ter sido feito. Não tem nada a ver com o pedágio. Receberam para poder estar fazendo o serviço e não fizeram." O advogado Márcio Pereira Batista questiona a razão do trecho não ter sido duplicado. "Para onde foi esse dinheiro? Por que esse trecho não foi duplicado? Justifica a implementação de pórticos de pedágio nesse trecho, haja visto que será um pouco mais de um quilômetro que será duplicado?" Na visão do orçamentista de projetos Jonas Alves de Melo Ferraz, o anúncio é uma tentativa da CNL de trazer algum atrativo. Leia também Justiça derruba liminar que suspendia pedágio na Mogi-Dutra Justiça suspende início de operação do pedágio na Mogi-Dutra Prefeitura solicita isenção de pedágio para moradores de Mogi das Cruzes Pedágios free flow começam a operar em novembro no Alto Tietê, diz governo Ele defende a isenção para moradores da região. "Estão tentanto dizer que estão fazendo a parte deles, mas isso era para ter sido feito. Não podemos nos enganar. Esse pedágio é um caça-níquel que vai trazer prejuízo para todo mundo. Não há justificativa para colocação dele. Queremos isenção para todos que moram na região", dispara. Além disso, ele cobra uma participação mais efetiva do poder público. "Particularmente já participei de outras manifestações. Muitos desses políticos estiveram lá e hoje verificamos que a movimentação é lenta, mais para mostrar que estão tomando alguma ação. Está na cara que é uma simulação", afirma. Disputa A discussão acontece em meio a uma disputa entre a Prefeitura e o Governo Estadual. O juiz Bruno Machado Miano, da Comarca de Mogi das Cruzes, concedeu uma liminar movida pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, que suspendia temporariamente o início das operações dos pórticos do pedágio na Mogi-Dutra. Mas, o desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), derrubou a liminar. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (24). A Procuradoria Geral de Mogi informou que entrará com recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça. O órgão defende que a suspensão da cobrança da tarifa é fundamental para evitar prejuízos aos mogianos que utilizam a via. A administração municipal reforçou que se mantém contrária à cobrança e considera "uma injustiça e uma ilegalidade contra a cidade". Obras de duplicação na Rodovia Mogi-Dutra Natan Lira/G1 Artesp Ainda de acordo com a Artesp, também está prevista a construção de uma nova passarela, cinco novos pontos de ônibus e a readequação de outros três. CNL Conforme divulgado pela CNL, contrato de concessão prevê benefícios como isenção de tarifa para motocicletas e desconto de 5% com uso de tag. Esse desconto pode chegar a até 20% para usuários frequentes. Além de conceder 70% de desconto aos usuários que tenham origem ou destino na Estrada da Pedreira, ao cruzarem o pórtico P2, pagarão apenas pelo trecho efetivamente percorrido da SP-088. O início da operação, assim como o valor da tarifa, serão divulgados pela concessionária. Segundo previsão da Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo (SPI), as cobranças do pedágio free flow começam a valer em novembro na Mogi-Dutra (SP-88) e na Mogi-Bertioga (SP-98) . Os pórticos já foram instalados na região. A SPI destacou que a concessão do Lote Litoral Paulista foi precedida de amplo diálogo com os gestores municipais da região e debate com a população por meio da realização de consulta e audiências públicas. O modelo não contará com praças ou cancelas e promete modernizar o sistema de cobrança de pedágios no Estado. O sistema eletrônico identifica a placa do veículo ou tag e efetua a cobrança, sem necessidade das estruturas tradicionais. Na Mogi-Dutra os equipamentos estarão no km 38, no sentido Mogi das Cruzes (pórtico P2 norte), e no km 40, no sentido Arujá (pórtico p2 sul). Na Mogi-Bertioga o pórtico P3 será instalado no km 92, em Bertioga. Rodovia Mogi-Dutra, em Mogi das Cruzes José Antonio de Assis/ TV Diário Assista a mais notícias do Alto Tietê